O SÍMBOLO DA MEDICINA: TRADIÇÃO E HERESIA*
O valor de um símbolo
não está em seu desenho, mas no que ele representa.
Dois símbolos têm
sido usados ultimamente em conexão com a medicina: o símbolo
de Asclépio, representado por um bastão tosco com uma serpente
em volta e o símbolo de Hermes, chamado caduceu, que consiste
em um bastão mais bem trabalhado, com duas serpentes dispostas em
espirais ascendentes, simétricas e opostas, e com duas asas na sua
extremidade superior.
Ambos os símbolos
têm sua origem na mitologia grega; o de Asclépio, deus da
medicina, é o símbolo da tradição médica;
o de Hermes, deus do comércio, dos viajantes e das estradas, foi
introduzido tardiamente na simbologia médica (fig.1).
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Símbolo de
Asclépio |
Símbolo de
Hermes |
Na mitologia grega, Asclépio
é filho de Apolo e da ninfa Coronis. Foi criado pelo centauro Quiron,
que lhe ensinou o uso de plantas medicinais. Tornou-se um médico
famoso e, segundo a lenda, além de curar os doentes que o procuravam,
passou a ressuscitar os que ele já encontrava mortos, ultrapassando
os limites da medicina. Foi por isso fulminado com um raio por Zeus. Após
a sua morte, foi cultuado como deus da medicina, tanto na Grécia,
como no Império Romano [1,2]
Em várias esculturas
procedentes de templos de Asclépio greco-romanos, o deus da medicina
é sempre representado segurando um bastão com uma serpente
em volta, o qual se tornou o símbolo da medicina. [3-7]
Não há unanimidade
de opiniões entre os historiadores da medicina sobre o simbolismo
do bastão e da serpente. As seguintes interpretações
têm sido admitidas:
Em relação
ao bastão:
*árvore da
vida, com o seu ciclo de morte e renascimento;
*símbolo do poder,
como o cetro dos reis e o báculo dos bispos;
*símbolo da magia,
como a vara de Moisés:
*apoio para as caminhadas,
como o cajado dos pastores.
Em relação
à serpente
*símbolo do
bem e do mal, portanto da saúde e da doença;
*símbolo da astúcia
e da sagacidade;
*símbolo do poder
de rejuvenescimento, pela troca periódica da pele;
*ser ctônico, elo
entre o mundo visível e invisível.
As serpentes não
venenosas (Elaphe longissima) eram preservadas nos lares e nos templos
da Grécia, não só por seu significado místico
como pelo seu fim utilitário, já que devoravam os ratos.
Hermes, na mitologia grega, é considerado um deus desonesto e trapaceiro,
astuto e mentiroso, deidade do lucro e protetor dos ladrões. [8-12]
Seu primeiro ato, logo após o seu nascimento, foi roubar parte do
gado de seu irmão Apolo, negando a autoria do furto. Foi preciso
a intervenção de Zeus, que o obrigou a confessar o roubo.
Para se reconciliar com Apolo, Hermes presenteou-o com a lira, que havia
inventado, esticando sobre o casco de uma tartaruga, cordas fabricadas
com tripas de boi. Inventou a seguir a flauta que também deu de
presente a Apolo. Apolo, em retribuição, deu-lhe o caduceu.
Caduceus,
em
latim, é a tradução do grego kherykeion,
bastão dos arautos, que servia de salvo-conduto, conferindo imunidade
ao seu portador quando em missão de paz. O primitivo caduceu não
tinha asas na extremidade superior, as quais foram acrescentadas posteriormente
[13,15].
Hermes tinha a capacidade
de deslocar-se com a velocidade do pensamento e por isso tornou-se o mensageiro
dos deuses do Olimpo e o deus dos viajantes e das estradas. Como o comércio
na antigüidade era do tipo ambulante e se fazia especialmente através
dos viajantes, Hermes foi consagrado como o deus do comércio. Outra
tarefa a ele atribuída foi a de transportar os mortos à sua
morada subterrânea (Hades).[8-11]
Segundo os filólogos,
a denominação de Mercúrio dada a Hermes pelos
romanos provém de merx, mercadoria, negócio.[16]
O metal hydrárgyros dos gregos passou a chamar-se
mercúrio
por sua mobilidade, que o torna escorregadio e de difícil preensão.[12]
O planeta Mercúrio, por sua vez, deve seu nome ao fato de
ser o mais veloz do sistema planetário.
O caduceu é, de longa
data, o símbolo do comércio e dos viajantes, sendo por isso
utilizado em emblemas de associações comerciais, escolas
de comércio, escritórios de contabilidade e estações
de estradas de ferro.
Surge, então, a questão
principal do tema que estamos abordando. Por que o símbolo do deus
do comércio passou a ser usado também como símbolo
da medicina?
Mais de um fato histórico
concorreu para que tal ocorresse.
1. No intercâmbio da civilização grega com a egípcia, o deus Thoth da mitologia egípcia foi assimilado a Hermes e, desse sincretismo, resultou a denominação de Hermes egípcio ou Hermes Trismegistos (três vezes grande), dada ao deus Thoth, considerado o deus do conhecimento, da palavra e da magia.[17] No panteão egípcio, o deus da medicina correspondente a Asclépio é Imhotep e não Thot.[2]
2. Entre o século III a.C. e o século III d.C. desenvolveu-se uma literatura esotérica chamada hermética, em alusão a HermesTrismegistos. Esta literatura versa sobre ciências ocultas, astrologia e alquimia, e não tem qualquer relação com o Hermes tradicional da mitologia grega. O sincretismo entre Hermes da mitologia grega com Hermes Trismegistus resultou no emprego do caduceu como símbolo deste último, tendo sido adotado como símbolo da alquimia. Segundo Schouten, da alquimia o caduceu teria passado para a farmácia e desta para a medicina.[18]
3. Um terceiro fato a que
se atribui a confusão entre o bastão de Asclépio e
o caduceu de Hermes se deve à iniciativa de um editor suíço
de grande prestígio, Johan Froebe, no século XVI, ter adotado
para a sua editora um logotipo semelhante ao caduceu de Hermes e o ter
utilizado no frontespício de obras clássicas de medicina,
como as de Hipócrates e Aetius de Amida. Outros editores na Inglaterra
e, posteriormente, nos Estados Unidos, utilizaram emblemas similares, contribuindo
para a difusão do caduceu.[13]
Admite-se que a intenção
dos editores tenha sido a de usar um símbolo identificado com a
transmissão de mensagens, já que Hermes era o mensageiro
do Olimpo. Com a invenção da imprensa por Gutenberg, a informação
passou a ser transmitida por meio da palavra impressa, e eles, os editores,
seriam os mensageiros dos autores. Outra hipótese é de que
o caduceu tenha sido usado equivocadamente como símbolo de Hermes
Trimegistos, o Hermes egípcio ou Thot, deus da palavra e do conhecimento,
a quem também se atribuía a invenção da escrita.
Em antigas prensas utilizadas para impressão tipográfica
encontra-se o caduceu de Hermes como figura decorativa..
4. Outro fato que certamente
colaborou para estabelecer a confusão entre os dois símbolos
é o de se conferir o mesmo nome de caduceu ao bastão
de Asclépio, criando-se uma nomenclatura binária de caduceu
comercial e caduceu médico.
Este erro vem desde o século
XIX e persiste até os dias de hoje.
Em 1901, o exército
francês fundou um jornal de cirurgia e de medicina chamado Le
caducée, no qual estão estampadas duas figuras estilizadas
do símbolo de Asclépio, com uma única serpente.[13]
Desde então, a palavra
caduceu
tem sido usada para nomear tanto o símbolo de Hermes, como o bastão
de Asclépio.
5. O fato que mais contribuiu
para a difusão do caduceu de Hermes como símbolo da
medicina foi a sua adoção pelo Exército norte-americano
como insígnia do seu departamento médico.
As justificativas e argumentos
para essa adoção são falhas, inconsistentes, e denotam,
no mínimo, desconhecimento da iconografia mitológica por
parte dos que detinham o poder para promover a mudança. As informações
que se seguem sobre este episódio foram colhidas em grande parte
no livro de Walter Friedlander, The golden wand of medicine.[13]
O caduceu fora usado,
entre 1851 e 1887, como emblema no uniforme de trabalho do pessoal de apoio
nos hospitais militares dos Estados Unidos para indicar a condição
de não combatente. Em 1887 este emblema foi substituído por
uma cruz vermelha idêntica a da Cruz Vermelha Internacional fundada
na Suíça em 1864.
Os oficiais médicos
usavam nas dragonas as letras M.S. (Medical Staff). Em 1872, as
letras M.S. foram substituídas por M.D. (Medical Department).
O Departamento Médico,
contudo, possuía o seu próprio brazão de armas com
o bastão de Asclépio, desde 1818.[15]
Em março de 1902,
os oficiais médicos passaram a usar um emblema inspirado na cruz
dos cavaleiros de São João, ou cruz de Malta, cujo simbolismo
em heráldica é o de proteção, altruísmo
e honorabilidade.
Em 20 de março de
1902, o capitão Frederick P. Reynolds, Comandante da Companhia de
Instrução do Hospital Geral em Washington propôs substituir
a cruz de Malta pelo caduceu.
O general G. Sternberg,
chefe do Departamento Médico, deu o seguinte despacho: "A atual
insígnia foi adotada após cuidadoso estudo e é atualmente
reconhecida como própria desta corporação. A alteração
proposta, portanto, não é aprovada".
Em 14 de junho do mesmo
ano, o capitão Reynolds endereçou nova carta ao Chefe do
Departamento, refazendo sua proposta com novos argumentos. Em certo trecho
de sua carta diz o seguinte: "Desejo particularmente chamar a atenção
para a conveniência de mudar a insígnia da cruz para o caduceu
e de adotar o marrom como a cor da corporação, em lugar do
verde agora em uso. O caduceu foi durante anos a insígnia de nossa
corporação e está inalienavelmente associado às
coisas médicas. Está sendo usado por várias potências
estrangeiras, especialmente a Inglaterra. Como figura, deve-se reconhecer
que o caduceu é muito mais gracioso e significativo do que o atual
emblema" (cruz de Malta). "O verde não tem lugar na medicina".
Nesse ínterim, houve
mudança na Chefia do Departamento Médico e esta segunda carta
foi recebida pelo General William Henry Forwood, quem, não somente
aprovou a proposta como providenciou a confecção da nova
insígnia. O desenho elaborado tem sete curvaturas das serpentes,
o que também revela desconhecimento do caduceu tradicional, que
contém, no máximo, cinco espirais.(fig. 2).
Insígnia do Army Medical Department - U.S.A. |
Os argumentos usados pelo
Cap. Reynolds revelam sua confusão entre os dois símbolos.
O caduceu jamais fora a insígnia da corporação, mas
do pessoal de apoio (steward) dos hospitais. O bastão de
Asclépio e não o caduceu é que está historicamente
associado à medicina. Tanto na Inglaterra, como na França
e na Alemanha, os serviços médicos das forças armadas
utilizavam o bastão de Asclépio em seus emblemas e não
o caduceu de Hermes.
Finalmente, a cor verde
tem sido usada em conexão com a medicina; tanto assim que no Brasil
o anel de médico tem, incrustada, uma pedra verde - esmeralda ou
imitação.
O argumento de ordem subjetiva
de que a figura do caduceu é mais estética do que a cruz
de Malta ou o bastão de Asclépio é irrelevante, porquanto
não diz respeito ao significado de tais símbolos.
Deste modo, o caduceu
foi implantado e se mantém até hoje como insígnia
do Corpo Médico do Exército norte-americano, o que muito
contribuiu, sobretudo após a Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918),
para a sua difusão, dentro e fora dos Estados Unidos, como símbolo
da medicina.(13)
A Marinha norte-americana
adotou igualmente o caduceu como emblema de seu corpo médico, ao
contrário da Força Aérea, que mantém em seu
emblema o bastão de Asclépio.
Os Serviços de Saúde
Pública dos Estados Unidos, por sua vez, adotaram um antigo emblema
do Serviço Médico da Marinha, no qual o caduceu se cruza
com uma âncora e cujo simbolismo anterior era o do comércio
marítimo.[22]
O primeiro comentário
desfavorável à decisão do U.S. Medical Department
apareceu sob a forma de editorial em final de julho de 1902 na publicação
Medical
News. Desde então, de tempos em tempos, surgem artigos na imprensa
médica, ora justificando, ora condenando o uso do caduceu como símbolo
da medicina.
Em 1917, o Tenente-coronel
McCulloch, bibliotecário do Departamento Médico, fez o seguinte
comentário:
" I think that in this
country we pay too little attention to the historical and humanistic side
of things. The caduceus or wand of Mercury now used on the collar of the
uniforme blouse of medical corps has really no medical bearing wathever".
(Eu
penso que, neste País, nós prestamos muito pouca atenção
ao lado histórico e humanístico das coisas. O caduceu de
Mercúrio agora em uso na gola da blusa do uniforme do Corpo Médico
não tem qualquer significado médico) [19]
Fielding Garrison, notável
historiador da medicina nos Estados Unidos e também Tenente-Coronel
do Corpo Médico no período de 1917 a 1935, procurou defender
a
posteriori a adoção do caduceu pelo Departamento Médico
a que servia. Inicialmente, alegou que se tratava de um símbolo
administrativo para caracterizar os militares não combatentes, reconhecendo
que o símbolo autêntico da medicina era o bastão de
Asclépio. Posteriormente, procurou justificar o uso do caduceu como
símbolo médico com base nos achados arqueológicos
da civilização mesopotâmica.
Nas escavações
realizadas em Lagash fora encontrado um vaso talhado em pedra sabão,
de cor verde, dedicado pelo governador Gudea ao deus Niginshzida, ligado
à medicina. Neste vaso há duas serpentes dispostas de maneira
semelhante a do caduceu de Hermes. Garrison refere-se à figura como
caduceu
babilônico, que teria precedido o caduceu da civilização
grega.[20]
A verdade é que toda
a nossa cultura baseia-se na civilização grega. Todos os
aspectos conceituais, técnicos e éticos da profissão
médica, tiveram seu berço na Grécia com a escola hipocrática.
Foi na Grécia que a medicina deixou de ser mágico-sacerdotal
para apoiar-se na observação clínica e no raciocínio
lógico. O símbolo mítico de Asclépio, o bastão
com uma única serpente, representa a medicina grega em suas origens
e nenhum outro símbolo, muito menos o caduceu de Hermes, deverá
substituí-lo.
Em 1932, S. L.Tyson escreveu
um artigo na revista Scientific Monthly, no qual dizia: "The
erroneous symbol of medical profession in reality is the emblem of the
god of thieves" (o errôneo símbolo da profissão
médica, é, na realidade, o do deus dos ladrões).
[21]
Em resposta, Garrison voltou a afirmar que o caduceu fora adotado no Departamento
Médico do exército como símbolo dos não combatentes
e considerou a questão como "uma fútil controvérsia".[13]
Em material informativo
recente de divulgação pela Internet, do Army Medical Department,
encontra-se a seguinte explicação para a adoção
do caduceu de Hermes como símbolo da medicina: "Rooted in mythology,
the caduceus has historically been the emblem of physicians symbolizing
knowledge, wisdom, promptness, and skill."
(Com suas raízes
na mitologia, o caduceu tem sido historicamente o emblema dos médicos,
simbolizando conhecimento, sabedoria, presteza e habilidade)[22]
Parece evidente a confusão
entre Hermes da mitologia grega tradicional com Hermes Trismegistos, o
deus Thot da mitologia egípcia.
A Associação
Médica Americana manteve o símbolo de Asclépio em
seu emblema, assim como a maioria das sociedades médicas regionais
norte-americanas de caráter científico ou profissional. De
25 associações médicas estaduais que utilizam a serpente
em seus respectivos emblemas, 23 usam o bastão de Asclépio.
São elas as dos Estados de Alabama, Califórnia, Flórida,
Geórgia, Idaho, Illinois, Kansas, Kentucky, Massachussets, Michigan,
Mississipi, Missouri, Nebraska, New Hampshire, New Mexico, New York, North
Dakota, Oklahoma, Oregon, Pennsylvania, Utah, Wisconsin e Wyoming. O caduceu
é usado pelas associações dos Estados de Maine e West
Virginia.[22]
A Organização
Mundial de Saúde, fundada em 1948, e a Associação Médica Mundial, como não poderia deixar
de ser, adotaram o símbolo de Asclépio.
(fig.3).
As organizações
médicas de caráter profissional e de âmbito nacional
de vários países, que possuem emblema com serpente, adotam,
em sua grande maioria, o símbolo de Asclépio, a começar
pela Associação Médica Americana, já citada.
Entre as associações que assim procedem citaremos as do Brasil,
Canadá, Costa Rica, Cuba, Inglaterra, França, Alemanha, Suécia,
Dinamarca, Itália, Portugal, África do Sul, Austrália,
Nova Zelândia, Sri Lanka, China e
Taiwan..[22]
Sociedades de história
da medicina, sociedades científicas de especialidades médicas,
faculdades de medicina, revistas médicas e até empresas de
seguro-saúde como a aliança Blue Cross-Blue Shield
utilizam o símbolo de Asclépio.
É óbvio que
todo símbolo pode ser estilizado, porém não pode ser
substituído por outro. Como estilizações originais
do símbolo de Asclépio podemos citar os seguintes exemplos:
Assistimos, porém,
a disseminação do caduceu de Hermes entre nós, através
dos meios de comunicação: televisão, jornais, impressos,
anúncios, adesivos, desenhos em objetos e utensílios destinados
a médicos e estudantes de medicina. Conforme ressaltou o Prof. Alcino
Lázaro da Silva, "a mídia brasileira, por engano, por falácia,
por má-interpretação, por má-informação
ou por má-fé passou a usar o símbolo do comércio
como ilustração quando se refere a notícias médicas".[26]
Também os softwares
destinados a hospitais e consultórios médicos, importados
dos Estados Unidos, ou neles inspirados, muito têm contribuído
para a propagação do caduceu, ao utilizá-lo como identificador
de sua destinação.
Lamentavelmente, o caduceu
como símbolo da medicina já pode ser encontrado em nosso
País em revistas e sociedades médicas de fundação
mais recente, em sites da Internet dedicados à medicina,
e até mesmo em impressos de algumas universidades.
Cremos ser necessária
uma campanha de esclarecimento, sobretudo nas Faculdades de Medicina, junto
aos estudantes do curso de graduação, no sentido alertá-los
sobre o único e verdadeiro símbolo da medicina: o bastão
de Asclépio com uma só serpente. O caduceu de Hermes, símbolo
do comércio, deve ser visto como um símbolo impróprio
aos nobres ideais da medicina.
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22. INTERNET. Diversos sites de busca em Asclepius, caduceus,
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23. GEELHOED GW. The caduceus as a medical emblem. Heritage
or heresy? Southern Med. J. 81:1155-1161, 1988.
24. NICHOLS, D. – Iatros, vol. 10, n. 10, 1996
25. COLLINS, SG.- Comments on the book The golden wand
of medicine, march 18, 1999 (22)
26. LÁZARO DA SILVA, A. – Símbolo da medicina.
Bol. Inf. C..C.. 43-45, abril/junho 1999.
Nota: De todas as fontes bibliográficas citadas,
merece destaque especial o livro de Walter J. Friedlander – The golden
wand of medicine – cuja leitura recomendamos a todos os interessados
no assunto.
________
*Conferência de abertura do IV Congresso Brasileiro de História
da Medicina, realizado em São Paulo, 17/12/1999
12/05/2001. Atualizado em 25/06/2004. Publicado no livro À sombra do plátano (São Paulo, Ed. UNIFESP, 2009)
Joffre M de Rezende
Prof. Emérito da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal de Goiás
Membro da Sociedade Brasileira de História da Medicina
e-mail: pedro@jmrezende.com.br
http://www.jmrezende.com.br
Observação: A falta de ética
na Internet.
Grande parte deste artigo foi inserido, em
2004, em um texto mais amplo sobre o mesmo tema, publicado a partir de
03/07/2004, que se encontra no site
http://www.cafeesaude.com.br/medicina_artigo.htm
sem menção à fonte de
origem ou, pelo menos, citá-lo na bibliografia.
10/02/2006